sexta-feira, 19 de abril de 2013

Desafio: 1 hora na posição de flexão


Historinha do desafio:

Eu estava acordando e o Pop e o Bruninho chegaram todos suados em casa dizendo que tinham um desafio para mim (e que eles supostamente tinham acabado de fazer):

- 5 minutos girando os braços esticados horizontalmente e sem parar.
- 10 minutos seguidos de cadeirinha.
- 10 minutos sem pausas na posição de flexão.

Fomos para a garagem e comecei a fazer com eles dois muito excitados ao meu lado e rindo pra caramba. Desconfiei que ali tinha alguma pegadinha, mas continuei. Girar o braço cansou muito meu ombro e a cadeirinha foi tranquila (certa vez eu fiz 45 minutos lá em Aracaju durante um desafio, então medidas menores do que meia-hora na cadeirinha não me assustam mais). Quando atingi os primeiros 5 min na flexão eles dois se juntaram ao chão e disseram que haviam mentido: só tinham aguentado 5 min e queriam ver se eu ia topar o desafio de fazer os 10 diretos. Ficamos os 3 ali até os 10.


Quando o 10 chegou, o Pop se lavantou e o Bruninho disse que ia ficar um pouco mais. Eles comentaram que viram esse desafio no blog do Blane: em uma de suas maluquices, o fdp chegou a ficar 45 minutos naquela posição. Debatemos o quanto isso foi cavalice e doentio e, em homenagem a ele, eu disse ficaria até os 20 minutos.

Quando o cronômetro marcou 00:30 eu disse: “olha, eu acho que consigo muito mais só que vocês tem que ficar conversando aqui comigo porque isso é muito entediante”. Eles puxaram conversa sobre vários assuntos (alguns idiotas por sinal) e o tempo foi passando. Meu ombro queimava, o abdômen começou a incomodar bastante e o quadríceps estava doendo e tremendo desde a cadeirinha (e havíamos treinado de tarde). Para aliviar, em alguns momentos, eu ficava só com uma das mãos no chão ou somente um dos pés.

Desenvolvi algumas técnicas para aguentar o cansaço como por exemplo jogar o peso do corpo mais para a ponta dos dedos e ora para a palma. O mesmo fazia com os pés: ora jogava o peso para a panturrilha (ficando na ponta do pé) e outra ficava na posição normal. Algumas vezes eu levantei o quadril, mas foram breves momentos.

O que mais incomodou no final das contas foi à palma da mão: os ossos começam a doer muito por causa do peso e eu tive que fazer punho cerrado em alguns momentos para aliviar o incômodo e suportar.


Uma mulher entrou na garagem e ficou olhando pra gente com cara de "não entendi". A poça de suor embaixo de mim ia crescendo consideravelmente e passou a ser legal esperar as gotas pingarem no chão. Mais uma distração.

O Pop e o Bruninho foram lá falar com Annty (amiga francesa e que estava no desafio quando o Blane o fez) e ela disse que o Blane só parou em 45 minutos porque as pessoas ao lado dele pediram para parar. O cara é realmente um monstro. Decidi que ia então continuar até completar a hora. Minha paciência já estava acabando.

Quando o relógio bateu 01:00:12 eu mal pude acreditar na idiotice. O que era pra ser somente 10 minutos, em um teste de resistência, havia se tornado 6 vezes maior. Coisa de quem não tem o que fazer mesmo.


Meu trapézio ainda tá doendo mesmo agora depois de ter dormido. Mas é a vida. Ele vai se curar em breve e eu poderei fazer uma nova doidice mais tarde.

Agora tô saindo pra acampar com os meninos. Morram todos.