quarta-feira, 6 de maio de 2009
“Meu Pé, Meu querido Pé!”
Um ginasta perfeito é um ginasta que crava sua movimentação. Eu nunca fui um bom cravador. Por mais que treinasse, eu só conseguia terminar o movimento sem ser despontuado se plantasse o calcanhar no chão. Ou era isso, ou então eu dava um passinho pra frente (desconto de 0,10 por passada). No parkour, as precisões trouxeram de volta meu problema com cravamento. E agora? E agora que arrume um outro otário pra chapar o calcanhar no concreto! Não tem mais o fofinho do colchão não, meu filho!
Na última viagem pra Salvador, a gente começou um treino depois da meia-noite. Eu estava alegremente brincando com meu mais novo vício: passadas (saltitos iguais aos do Bambi, imaginando que o chão são corrimãos). E então Fred e Fallux resolvem parar pra assistir a belissima cena que isso deveria ser. Ficamos durante um bom tempo os três analisando minha movimentação, até que o Fallux perguntou: “você não usa o tornozelo?”.
Vou fazer uma pausa aqui pra explicar o que aconteceu com a minha cabeça. Sabe o filme que dizem passar na nossa mente quando vamos morrer? Pois nessa hora, eu vi um mosaico de vários movimentos meus que estão na lista de “preciso melhorar”. E em todos eles eu notei que não uso o calcanhar:
Mortais de costas. Precisões. Amortecimentos. Passadas. Enfim, qualquer coisa que necessite de absorção de impacto ou geração de impulsão com os pés.
Nós três ficamos meio com cara de “????” porque isso é como caminhar... TODO MUNDO FAZ NATURALMENTE! Menos o abestalhado que tá digitando...
No outro dia, Fred e Fallux separaram um tempinho pra trabalhar exercícios de fortalecimento de pé comigo. Pra minha surpresa eu descobri que sou um Sr. Calça Frouxa! Minha resistência não chegava à metade da deles e minha flexibilidade na articulação do tornozelo é quase inexistente. Fizemos caminhadas usando somente a ponta do pé, depois só o calcanhar (sem tocar os dedos no chão), depois com a lateral esquerda, direita...
Eu suava. Fazia caretas. Até derramar uma lágrima eu derramei (e olha que sou homem!)! Não sei se todo mundo tem tanto problemas pra andar desses jeitos como eu, mas é que doía muito mesmo. Só que era aquela dor de “está forçando muito, porra!”. Isso me fez ver que o fortalecimento dessa área com certeza ajudará na minha movimentação. Estou regularmente trabalhando em cima disso. \o/
Minha saída para a precisão antigamente:
Minha saída para a precisão agora:
Eu ainda não tenho força pra sustentar o impacto do peso do meu corpo em cima do tornozelo, e nem aprendi ainda a usar conscientemente o tornozelo na hora da precisão. Mas quando eu lembro de usar, eu notei que vou muito mais alto, mais longe e mais suave. É só uma questão de hábito e treinamento. Nada que muito suor e trabalho mental não dêem conta.
Agradeço enormemente aos debiloides lá de cima pela ajuda e preocupação. :)
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6 comentários:
Duddu, meu pé chegava a fazer um angulo 40°... o seu pé é estranho demais, não alongava ponta de pé, não!? Fica na boa, vai dá certo... Ah, eu torci meu pé ontem, acho que deu uma leve rompida =D
bjosmeligabunitinho.
P.S.: SEU É FEIO DEMAIS, RAPÁ!
0,10 ? Esse ano nos perdemos 0,30, de acordo com o novo codigo da FIG =[
Eu tenho o mesmo probleminha, um pouco mais complicado por causa do meu pé pronado ( fato ).
Quando eu chegar ai no Nordeste quero esse tornozelo em 100% de uso.
Caramba, nego complica muito! ahusda
Basta que eu, gustavo, o jean, o fred e o fallux entendam... \o/
Um momento, quando vc pula em corrimões geralmente usa-se quase o meio do pé, por usar o tornozelo vc está dizendo calcanhar?
sei lá o q eu faria se estivesse imaginando q estava em corrimões pulando q nem um bambi ^^
Parei no "(e olha que sou homem!)"
shueiaea, brinquei! Muito bom o texto Ddd, vou prestar atenção nisso também!
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