Amanhã completa 1 semana que não treino por causa de uma gripe.
A sensação é que existe um ser vivo em desenvolvimento no meu interior e toda energia que meu corpo fabrica é sugada por ele. Isso seria bastante estranho porque lembro-me de ter usado camisinha da última vez...
Mas...
Piadas à parte o assunto é sério.
Ou ao menos deveria ser.
Apesar da gripe, o que de fato me faz sentir doente é a ausência dos treinos. Eles costumam ser constantes, e notei que essa falta causa efeitos colaterais como mau humor, indisposição, falta de criatividade e sensação de abafamento.
Uma vez diagnosticado o sintoma, o remédio: treinarei hoje a noite. Coisa leve, nada de cavalices, somente movimentar o meu corpo para alertá-lo de que continuo vivo.
E o engraçado é que agora não consigo parar de rir.
Parkour exerce em mim um dos efeitos do gás hilariante do Coringa: sorriso congelado na cara.
Verdade! Eu treino rindo!
É o momento de maior prazer que eu poderia me proporcionar. E por diversas vezes, durante o próprio treino, já formulei uma pergunta que fica sem resposta: "Que outra coisa eu gostaria de estar fazendo agora?".
Ah... é o amor...
Quem diria que uma atividade pudesse fazer despertar sentimentos que antes somente a música, a arte da animação e mais meia dúzia de motivos era capaz?
Ultimamente, meus últimos treinos têm sido voltados a esse amor. Pendurar-me não é mais somente ter meu corpo sustentado pelos braços; é visto e sentido como o trabalho romântico e conjunto de cada dedo da minha mão para não me deixar cair.
E o que dizer das passadas intermitentes entre o flow?
Pilares do prazer. Cada pé, cada passo, cada fricção colabora com o todo. Meu corpo e o obstáculo trocam reverências para que eu siga adiante.
E quando dá errado?
O estimulo dado foi maior que o necessário ou a ausência dele se fez presente?
CATAPOF! Lá estou eu no chão...
E sabe o que muitas vezes eu faço quando erro?
Eu gargalho. Mas gargalho com vontade ao ponto das pessoas ao lado procurarem quem me contou a piada.
É lindo ver que tracei um objetivo e ele não foi alcançado como eu gostaria. Eu não sou perfeito e esse erro serve de estimulo para os meus estimulos. É nobre rir da situação, concentrar-se e tentar de novo. Lembro que as vezes chego até a conversar obstáculo:
"Ô seu fi do cabrunco eu quase acertei...
perainda que você vai ver agora... "
Esse sentimentalismo todo só cresce e me faz crescer.
E acho que é nessa hora que eu sou obrigado a agradecer a uma lista de pessoas especiais:
- Tracers que são apaixonados pelo que fazem.
- Tracers que mantêm seus blogs para que eu possa ler.
- Tracers que sem saber são alvos de minha admiração.
É provável que um dia uma dessas pessoas aí de cima leia essas linhas. Saiba então que você ajudou a construir esse meu amor e por isso eu o saúdo com o meu "muito obrigado".
Não... eu não sou gay.
Apenas estou muito feliz porque vou treinar hoje.
7 comentários:
Muito foda. Te amo, viadinho. =*
Dudduuuuuuuuuuuu! ta lindio o blog! tirando esses pé de pedreiros ai hihihi!
dá pra sentir sua alegria só de ler! não vejo a hora de te conhecer "cabrunco"!!!
hoje eu lembro quando te adicionei no msn, era mto timido, mas as piadinhas de nordestinos foram me dominando, domindando, e hoje eu não vivo sem um nordestino! uahuahauhauh
não, não sou gay.
bom, é isso! :***
caraio duddu !
quase chorei ! na moral =)
e vc sabe o pq !
deve ser o amor a pratica =)
bjao !
Êtacarai...
bom demais, cara..
Aguardo ansiosamente por sua visita no próximo mês.
;)
Cara, muito curti esse seu texto. Posso não ter o mesmo grau de amor que tens pelo parkour, mas a felicidade de um objetivo atingido, pode ter certeza - é a mesma! ;]
siga firme e forte!
Agora tem que ver se o parceiro tava usando camisinha também né :D
po que lindo
**x
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