quarta-feira, 10 de junho de 2009
Parkour Aracaju no Cinform
É tão legal quando um jornalista tenta entender o que você quer transmitir não é? Todo mundo quando cede uma entrevista na hora de conferir o resultado fica com as pernas bambas. O medo de terem distorcido sua palavra é gigantesco. Esse tipo de reportagem é aquela que eu acho extremamente saudável pro parkour, sem contar que é uma mão na roda pra apresentá-lo à comunidades locais.
Sugiro que as pessoas usem e abusem desse artificio. Jornal impresso é muito lido e normalmente serve otimamente para divulgar que a atividade existe em seu estado (me alegro muito em saber que a maioria dos oficiais militares lêem jornal impresso). E se vocês derem a sorte de pegar um jornalista como o Ben-Hur (velho, brigadão por tudo!) o resultado não tem como ser melhor.
domingo, 7 de junho de 2009
Sims e Nãos
Você sabe a diferença de um para o outro?
Nunca havia procurado uma resposta pra essa pergunta.
Em minha cabeça, o "não" sempre foi a escolha sábia e o "sim" a cômoda. No ensino médio eu não precisava ter uma justificativa para marcar que o item era "verdadeiro", mas precisava estar muito seguro e com as idéias muito bem alinhadas para dizer que ele era "falso".
E o que falar de influência externa?
Numa conversa entre amigos é muito melhor para sua imagem optar em concordar com o que ele diz, mas é preciso muita bravura pra dar a sua cara ao tapa e dizer "não acho", "não concordo" e "não quero" para ele.
Acho que é por ter dado minha cara a tapa muitas vezes que meu grupo de amigos é seleto. As pessoas simplesmente não gostam de receber "nãos" e eu sempre fui uma pessoa que sentia um certo prazer em distribui-los. Ser criticado, e principalmente quando você espera um elogio é algo que pode destruir um relacionamento. Minha família, com o tempo desenvolveu um escudo contra mim:
"Só pergunte a opinião do duddu se não for se chatear com o que ele pode vir a te dizer".
Por diversas vezes eu vi minhas irmãs, antes das festas, perguntarem "como estou vestida?" pra todo mundo... menos pra mim. (É que como eu tenho intimidade eu uso adjetivos como "mendiga, palhaça, pata choca, mulher de vila..."). huahuahuaua!
Mas é com prazer que em todas vezes que algo de importante estava pra acontecer com elas, eu as via se dirigir a mim e falar:
"Duddu, preciso de sua opinião/conselho".
Isso não é uma forma de egoísmo?
Eu escolho sempre ser verdadeiro comigo mesmo e não necessariamente pensando na pessoa.
No parkour é comum pedirem minha opinião sobre uma movimentação ou um video. E quando eu não conheço muito bem a pessoa, eu já cheguei ao cúmulo de perguntar:
"olha, você quer que eu fale o que vai te agradar ou o que eu estou pensando?".
Se responde que quer o primeiro eu falo tudo que achei legal, se responde o segundo eu falo tudo que achei legal e despejo a lista (normalmente grande) de coisas que achei ruim.
Foi essa a forma que aprendi a lidar com essa caracteristica humana de sempre buscar a aprovação. Pelo menos assim eu não me sinto "mentiroso" (e quem me conhece sabe o quanto odeio essa palavra).
Eu não sabia que tinha tanto a falar sobre esse assunto!
E olha que nem cheguei ao meu objetivo inicial!
Como visto acima o "não" pra mim sempre foi um amigo. Ele é o reflexo externo de meu senso crítico, de quem eu sou mentalmente e absolutamente. Mas tanta negatividade podem trazer consequências... er... negativas.
Nos últimos meses ocorreram uma sucessão de fatos que me fizeram repensar meu comportamento. A quantidade de "nãos" que eu chego a dizer diariamente me assusta. E com a ausência de um simples "sim" eu deixei, em 23 anos, de passar por experiências que teriam sido valiosas.
Convite pra ir com amigos a um show que não gosto.
Convite para se encontrar com amigos que eu não via a anos.
Convite para ficar bêbado com amigos do lado.
Convite para sair com aquela menina que dava mole e eu nem ligava.
Convite para ir com amigos a um puteiro.
Como eu posso, verdadeiramente, viver diariamente uma disciplina que me incentiva a enfrentar obstáculos, se eu usava o "não" para me esquivar deles?
Eu não estou dizendo que passarei a dizer "sim" a tudo. Mas é que muitas vezes perdemos essas oportunidades por comodidade. Não queremos sair de nossa rotina ou contrariar o nosso dilema interno de "eu gosto disso e não gosto daquilo". Como vou saber se gosto de algo sem ter provado?
E na "pior" das hipóteses, em todos os 5 exemplos que eu coloquei ali em cima, por pior que o local ou a noite fosse, eu estaria ao lado deles: amigos.
É uma nova experiência que coloca meu corpo e mente a prova. Não vou jamais fazer algo que vá me prejudicar integralmente. Eu sou o meu bem mais precioso. Mas a todas oportunidades que a vida e meus amigos fornecerem, se eu estiver certo que não trará um mal irreparável, eu vou me jogar de cabeça.
As vezes tenho medo de escrever abertamente desse jeito no meu blog porque são transformações pessoais e experiências que eu compartilho sem saber aonde irão me levar. É uma exposição? Sim, é. Mas eu não me sinto (ainda) incomodado com ela.
Então, por favor, nunca tome o que ler aqui como verdade. Eu vou errar muito e vou acertar outras vezes. Dessa vez eu apenas quero ter certeza de que deixei a porta aberta para que as coisas aconteçam.
Agradeço, em especial, ao Edi, Pop, Leleo, Bata, Ítalo, Diogo, Jean, Ísis, Bacon, Gustavo, Fred, Cintia, Monique, Ingrid, Kako, Fábio Gomes, Sayuri e ao Jim Carrey.
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